Cabeçudas

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  • Praia de Cabeçudas

    A Praia de Cabeçudas, situada a sudoeste da cidade de Itajaí, deve seu nome as pedras grandes e arredondadas como cabeças, pedras cabeçudas, ali existente.

    Já foi local de moradia de populações indígenas, os tupi-guaranis ou carijós, conforme comprova a descoberta do sambaqui, na década de 1970, na área do Iate Clube. Sítio arqueológico que foi então pesquisado pelo arqueólogo Padre João Alfredo Rohr.

    No promontário sul da enseada de Cabeçudas, em 1902, o governo federal construiu um farol para sinalizar a entrada da barra do Porto de Itajaí. A partir de quando, aquele promontório passou a ser chamado de Morro do Farol.

    Desde o século passado, diversas famílias de pescadores se estabeleceram na Praia de Cabeçudas, e nas praias que lhe são próximas . Mas foi somente no começo deste século, que ela começou a ser usada como Balneário. Para tanto, muito facilitou a abertura da estrada de rodagem, obra do comerciante e industrial João Bauer, de Brusque, o primeiro veranista a construir lá uma residência. Depois dele, outras famílias de Itajaí, de Brusque e de Blumenau também construíram suas residências de verão: Currlin, Fontes, Pfeilsticker, Miranda, Malburg, Buettner , Burghardt, Renaux.

    Na década de 1920, três senhoras itajaienses, Dona Ana Fontes, Dona Ana Reis e Dona Ana Werner, encabeçaram um movimento para a construção de uma capela na Praia de Cabeçudas, a ser dedicada a Sant’Ana. O terreno para a construção da capela foi doado por Dona Aninha Fontes. A capelinha construída em alvenaria, com um pequeno campanário a emcimá-la, foi ornamentada com um belo altar entalhado em madeira e onde estavam entronizadas as imagens da padroeira-Sant’Ana; de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Itajaí e do Bom Jesus dos Navegantes, padroeiro dos homens do mar. Todas as imagens forma mandadas adquirir no tradicional estabelecimento do Rio de Janeiro, especializado em artigos sacros, a Casa Sucena.

    No correr dos anos 1950, o casal Irineu Bornhausen e Marieta Konder Bornhausen, residente na Praia de Cabeçudas, em viagem a França, adquiriu uma pequena imagem de Santa Terezinha do Menino Jesus, que foi então entronizada na pequena capela de Cabeçudas. Com o passar do tempo, Santa Terezinha passou a ser tomada como orago da capela, ficando esquecido o de Sant’Ana.

    Após o Concilio Vaticano II, em decorrência das reformas litúrgicas implementadas, o antigo e artístico altar foi desmontado e as três primitivas imagens retiradas do local. Também a capela foi reformada, aumentada para os fundos a área de sua capela-mor e o acréscimo lateral que lhe servia de sacristia foi demolidono lado direito e construído outro a esquerda.

    Em 1968, com a criação da Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes da Fazenda, a Capela de Santa Terezinha do Menino Jesus da Praia de Cabeçudas passou a lhe ficar jurisdicionada, desligando-se assim da Paróquia do Santíssimo Sacramento de Itajaí.

    Prof. Edison d”Ávila
    Arquivo Histórico de Itajaí
    Fevereiro de 1992.